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sábado, 3 de janeiro de 2009

Soneto (Ailton Maciel)
















Et le voyant pleurer, je m'écriai:
Jeunne, homme,
Porquoi venir si triste en ce joyeux séjour?
Dis-moi pour te calmer le nom dont on te nomme!
Il me dit doucement: Je m’appelle l’amour.
Maurice Rostand
Numa noite calma de algidez cortante,
de tétricas visagens a vagar,
passava assobiando um viandante
entre insetos noctívolos a voar!

De repente... parou por um instante
e, tácito, ficou a meditar:
“Pra onde irei em passo ofegante,
“Se não tenho um casebre onde pousar!?

“Pra onde irei? Todos me querem um dia,
“depois me deixam assim sem pousadia,
“à procura de um lar sempre a errar?”

...E saiu a correr o viajor.
O seu nome reluzente era amor,
meu coração, coitado, era o seu lar.

Fortaleza, 14/2/65
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