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sábado, 27 de julho de 2013

Observação (Mariel Reis)









A cuia de arroz sobre a bancada.
Dois ou três bilhetes rabiscados:

O primeiro é ao vento com pés
Tão delicados que não afundam
Sobre a coberta esticada da cama;

O segundo é ao calor de mãos cálidas
Tão tênue quanto o vapor da chaleira
Com água em efervescência para o chá;

E o terceiro é à voz de corpo rarefeito
Tão diáfano quanto a neblina suspensa
Sobre o topo da montanha feito um chapéu.

Eles nada dizem de especial sobre nada
É apenas um bom exercício para as mãos
Manterem-se ocupadas enquanto a mente
Penetra à natureza em seus desvãos. 

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